Como Funciona o Divórcio Grisalho em Curitiba
- gil celidonio

- 24 de nov.
- 3 min de leitura
O divórcio grisalho — separação de casais a partir dos 50 anos — vem crescendo em Curitiba. Nessa fase, o foco costuma estar na segurança financeira, na partilha de patrimônio, em planos de saúde e, por vezes, em pensão entre cônjuges. A seguir, você encontra um guia prático e objetivo para decidir o melhor caminho com previsibilidade.
O que é o divórcio grisalho
É o divórcio de casais maduros, normalmente com filhos adultos e patrimônio consolidado. As discussões centrais envolvem bens imóveis, investimentos, empresas, previdência privada e a necessidade (ou não) de pensão entre cônjuges.
Modalidades de divórcio em Curitiba
Divórcio em cartório (extrajudicial)
Requisitos: consenso entre as partes, inexistência de filhos menores ou incapazes e assistência de pelo menos um advogado.
Vantagens: rapidez (em geral, dias), menor burocracia e custo previsível.
Onde fazer: em Tabelionatos de Notas de Curitiba; a escritura é averbada na certidão de casamento.
Divórcio judicial
Indicado quando há conflito, quando existem filhos menores/incapazes ou quando não há acordo sobre bens e pensão.
Prazos variam conforme o caso e a vara; é possível acordo judicial para agilizar.
Passo a passo prático
Diagnóstico jurídico: defina objetivos, riscos e o melhor foro/caminho (cartório ou Justiça).
Levantamento de bens e dívidas: imóveis, veículos, contas, investimentos, quotas societárias e passivos.
Análise do regime de bens: comunhão parcial, comunhão universal, separação (convencional ou obrigatória) ou participação final nos aquestos.
Pensão entre cônjuges: avalie necessidade, possibilidade e duração; acordos claros reduzem conflitos.
Saúde e previdência: trate da manutenção de plano de saúde, previdência privada e beneficiários.
Minuta de acordo: detalhe partilha, prazos, entrega de documentos, eventuais compensações e responsabilidades.
Protocolo: escritura no cartório (caso consensual sem menores) ou petição na Justiça.
Homologação e averbação: obtenha a decisão/escritura e faça a averbação na certidão de casamento e, quando necessário, nas matrículas de imóveis.
Temas sensíveis no divórcio após os 50
Partilha de bens: regra geral conforme o regime de bens; bens particulares (anteriores ao casamento, heranças e doações com cláusula de incomunicabilidade) tendem a não integrar a meação.
Imóveis do casal: pode haver uso exclusivo temporário por um dos cônjuges ou aluguel compensatório se um ficar no bem comum.
Pensão entre cônjuges: pode ser fixada de forma temporária ou excepcionalmente por mais tempo, considerando idade, saúde e reinserção econômica.
Previdência privada: planos podem integrar a partilha conforme sua natureza e entendimento jurisprudencial; análise caso a caso é essencial.
Quotas de empresas: avaliação de valor, governança e continuidade do negócio devem constar no acordo.
Tributos e registros: na mera partilha até o limite da meação, em regra não há ITBI; excesso com compensação pode gerar incidência. Oriente-se sobre exigências municipais em Curitiba.
Documentos essenciais
RG e CPF (de ambos).
Certidão de casamento atualizada.
Pacto antenupcial (se houver) e comprovante do regime de bens.
Comprovantes e matrículas de imóveis, contratos de veículos, extratos de investimentos e contas bancárias.
Documentos de empresas (contrato/estatuto social) e balanços, se aplicável.
Comprovantes de renda e despesas relevantes (saúde, moradia).
Prazos e custos em Curitiba
No cartório, um divórcio consensual costuma ser concluído em poucos dias após a conferência documental. Na via judicial, o tempo depende do volume do foro e da complexidade (litígios de alta complexidade patrimonial podem levar meses). Custas cartorárias e judiciais variam; honorários advocatícios acompanham a complexidade e o valor do patrimônio. Um planejamento prévio reduz custos e acelera o desfecho.
Como escolher o advogado certo
Atuação focada em Direito de Família e Sucessões, com experiência em divórcios de casais 50+.
Visão patrimonial e previdenciária integrada.
Negociação estratégica para acordos sólidos e executáveis.
Atendimento humanizado e sigiloso, com comunicação clara sobre prazos e custos.
Perguntas frequentes
Precisa de advogado no cartório? Sim, ao menos um advogado deve assistir o casal.
É possível partilhar previdência privada? Pode ser possível, conforme o tipo de plano e entendimentos judiciais.
Posso manter o sobrenome do ex? Em alguns casos, sim; quando não houver justo motivo, é comum o retorno ao nome de solteiro.
E se um dos cônjuges não quiser? O divórcio é um direito; sem consenso, segue-se pela via judicial.
Próximos passos
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